Trabalhadores e representantes do setor de energia solar (Geração Distribuída) protestaram contra a Cemig e o Governo Federal durante reunião do G20 em BH

Trabalhadores e representantes do setor de energia solar (Geração Distribuída) protestaram em frente ao Minascentro durante reunião do G20. (Foto: Leonardo Augusto/O Tempo)

Começou nesta segunda-feira (27) em Belo Horizonte, os trabalhos da 3ª reunião do Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20 – fórum de cooperação econômica internacional que reúne os países com as maiores economias do mundo.
O foco deste encontro, que vai até quarta-feira (29) no Minascentro, é o aprofundamento das discussões sobre a dimensão social na transição energética global. O fato de a capital mineira ter sido escolhida para sediar o evento se deve ao fato de o estado ser o maior produtor de energia fotovoltaica do Brasil.

MG: maior capacidade de geração de energia solar do Brasil

“Minas Gerais, que leva a sua riqueza mineral em seu nome, será fundamental nos minerais estratégicos para a transição energética. Nosso estado também possui a maior capacidade de geração de energia solar do Brasil”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que é mineiro e que presidiu a abertura da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20.

“Minas é o estado que mais avançou em energia fotovoltaica”, ressaltou o vice-governador Professor Mateus, também presente ao encontro do G20.

 O Estado possui os sete maiores complexos de geração de energia solar no país.

A reunião dos Grupos de Trabalho é preparatória para o encontro da Cúpula do G20, que reúne os chefes de Estado ou de governo dos países membros e de dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. Desde 1/12/2023, o Brasil está na presidência do G20. Atualmente, a expressão “transição energética” destaca a mudança de uma fonte de energia para outra de forma mais sustentável – por exemplo, a energia solar fotovoltaica, ou seja, uma matriz que reduza as emissões de gases de efeito estufa.

Protesto contra a Cemig e o Governo Federal Trabalhadores e representantes de empresas do setor de energia solar (Geração Distribuída) fizeram um protesto, nesta segunda-feira (27/05), contra a Cemig e o Governo Federal alegando falta de interesse do poder público em alavancar projetos na área. O protesto ocorreu em frente ao Minascentro, local onde foram realizadas as primeiras reuniões preparatórias do G-20 do setor de energia.

O protesto evidenciou os problemas causados pela Distribuidora de Energia Elétrica CEMIG quanto à instalação de usinas de energia solar (Geração Distribuída). A CEMIG tem colocado obstáculos para impedir consumidores de gerar a própria energia, o que foi determinante para que a Associação Frente Mineira de Geração Distribuída (FMGD) oficiasse (em anexo o ofício) a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Teófilo Otoni (MG), além da Ouvidoria do Ministério Público Estadual em Belo Horizonte. No ofício, o presidente da FMGD, Jomar Britto de Oliveira, enumera as irregularidades praticadas pela CEMIG e destaca os prejuízos causados pela empresa aos consumidores que querem gerar a própria energia, além de prejudicar empresas do setor de Geração Distribuída e de energia solar, causando perda de postos de trabalho e até fechamento de centenas dessas.O Governo Federal também foi alvo do protesto, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, e que é responsável por determinar que a CEMIG cumpra a legislação vigente e possibilite que consumidores possam gerar a própria energia

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e trabalhadores e representantes (Capacetes Amarelos) do setor de energia solar (Geração Distribuída). (Foto/Divulgação: FMGD)

Bloqueio para projetos de produção de energia solar

“Há um bloqueio para projetos de produção de energia solar”, declarou Wedson Silva, representante da Associação Frente Mineira de Geração Distribuída (FMGD), que reúne empresários e trabalhadores do setor.

O papel essencial da Cemig é trabalhar na distribuição e não na geração

De acordo com o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus (Novo), que participou da abertura do encontro do G-20 do setor de energia, “o papel essencial da Cemig é trabalhar na distribuição e não na geração”.

Pedido à ANEEL para que cobre esses investimentos das distribuidoras

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que faltam investimentos das distribuidoras no país para possibilitar a ligação dos produtores de energia solar ao sistema nacional. “Estou pedindo à ANEEL que cobre esses investimentos das distribuidoras”, disse. (Com Agências e FMGD)

Contato: Jomar Britto de Oliveira – Presidente da FMGD – 33 98809-9372

Autor: Anibal Gonçalves

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